Quando a realidade parece ficção é hora de fazer documentário!

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Antônio Ferreira Viçoso

Antônio Ferreira Viçoso nasceu em Peniche (Portugal), em 13 de maio de 1787. Sacerdote da Congregação da Missão veio para o Brasil como missionário, em 1820.
Trabalhou como missionário no Caraça (MG), colaborou na formação do clero em Jacuecanga (RJ). Foi sagrado bispo de Mariana (MG), em 1844. Destacou-se pelo trabalho de reforma do clero, pela sua notável ação missionária e pelo cuidado em promover a educação da juventude.
Em tempos de grandes dificuldades no relacionamento entre a Igreja e o Estado, defendeu corajosamente os direitos da Igreja. Preocupado com a situação dos escravos e dos Pobres, realizou diversas obras e iniciativas sempre em defesa deles. Com grande fama de santidade, morreu em 7 de julho de 1875. Seu processo de beatificação já foi introduzido na Santa Sé, em Roma.

Jean-Léon Le Prevost

Jean-Léon Le Prevost nasceu em Caudebec-en-Caux (Normandia) em 1803.
Estudou no Liceu real de Rouen. Tendo passado dois anos em Belfort e Lisieux como professor, voltou a Paris como funcionário no Ministério dos Cultos. Por volta de 1830, graças à influência de amigos, volta-se à prática religiosa, da qual tinha se afastado.
Torna-se membro ativo da Sociedade de São Vicente de Paulo, recém-fundada por Frederico Ozanam e seus companheiros. Casa-se em 1934. Onze anos mais tarde, fundou com a colaboração de Clément Myionnet o Instituto dos Religiosos de São Vicente de Paulo.
Viúvo em 1895, foi ordenado sacerdote em 1860. Morreu no dia 30 de outubro de 1874. Influenciado pelo pensamento de São Vicente de Paulo, Le Prevost foi um homem de oração, marcado pelo primado da Caridade.
O amor de Deus e o de seus irmãos com o zelo apostólico caracterizaram sua vida.

Elizabeth de Robiano

Condessa Elizabeth de Robiano, Baronesa de Gysegem (Bélgica), mulher de profunda espiritualidade e de grande doação aos Pobres, fundou uma Escola para crianças Pobres (1818), em Gysegem.
Aí nasceu uma Comunidade Religiosa. Elizabeth, com a orientação do Bispo de Gant e com ajuda de padre jesuíta, adaptou as Constituições das Filhas da Caridade para sua Comunidade Religiosa nascente: as Irmãs de São Vicente de Paulo de Gysegem – Servas dos Pobres.
Tendo sempre Cristo como fonte e modelo de Caridade, Elizabeth enfrentou muitas dificuldades. Sua Congregação sofreu perseguição governamental do Guilherme I; no aspecto familiar, perdeu a filha caçula que era sua entusiasta colaboradora e, no ano seguinte, morreu seu marido, Barão de Charles Pierre, seu colaborador e incentivador.
Após a morte de seu marido, os sócios roubaram-lhe os bens e fugiram para o exterior com o dinheiro, deixando-a cheia de dívida e ela teve que vender o próprio Castelo. Elizabeth morreu aos 97 anos de idade, pobre e em atividade.
Sua Comunidade de Irmãs já tinha atingido o número de umas 230 irmãs, presentes em mais ou menos 30 casas na Bélgica.

Jean-Emile Anizan

Jean-Emile Anizan nasceu no dia 6 de janeiro de 1853 na cidade de Artenav na França e morreu no dia 1º de maio de 1928 na Paróquia Bom Pastor em Paris. Ordenado padre no dia 22 de dezembro de 1877. Em junho de 1886 recebeu autorização de seu bispo para entrar no Instituto dos Irmãos de São Vicente de Paulo.
Em 1907, Jean-Emile Anizan é eleito Superior Geral do Instituto dos Irmãos de São Vicente de Paulo. Desenvolve o carisma original da Congregação fundada pelo Pe Jean Le Prevost : "Evangelizar toda classe pobre e operária e não somente os jovens nas casas onde eram acolhidos". Em casa recebe os operários, faz reuniões com os sindicatos dos operários católicos aos quais Pe Jean-Emile Anizan tem grandes afinidades devido questões pastorais e sociais. Essa atitude foi de encontro com a insatisfação de um grupo monoritário dentro de sua congregação que não concordavam com esse tipo de trabalho.
Após 1907, com a eleição do Papa Pio X, entrou na Igreja uma forte tendência ao integrismo no qual seu pontificado foi duramente influenciado. A administração romana da Igreja se vê cercada do exterior pelos inimigos que querem enfraquecer seu poder, e de outro lado se sente, no seu interior ameaçada pelos modernistas. Os dois devem ser combatidos. Por cartas, esse grupo minoritário dentro da Congregação do Pe Jean-Emile Anizan, mantém Roma informada de todos os acontecimentos. Vai a Roma e obtém audiência em outubro de 1913. Assim, Pe Jean-Emile Anizan em 14 de janeiro de 1914 é acusado de modernismo social devido sua ação junto aos sindicatos dos trabalhadores. É deposto de sua função de Superior Geral. Este fato desencadeia uma série de acontecimentos: mais da metade dos Irmãos de São Vicente de Paulo deixam a congregação. Pe Jean-Emile Anizan vai a Pleterie
[1] para fazer um retiro espiritual e logo se coloca como voluntário para ser capelão do exército em Verdum. Desse retiro nasce um projeto que será a base da fundação das Filhas de Caridade: o tríplice ideal:
1. o chamamento à santidade vivido dentro de uma comunidade religiosa;
2. o desejo de fazer frutificar o apostolado a partir de um engajamento ministerial;
3. a grande paixão de evangelizar os pobres motivados pela prática da Caridade.
Por esses meios pastorais ele pretendia atingir o povo operário e os pobres, dando especial atenção às suas famílias. Assim, em quatro anos de trabalhos ele realiza se projeto e, aos 25 dezembro de 1918 funda as Filhas da Caridade.
[1] Hoje região da atual Slovênia.

João Swijsen

D. João Swijsen, natural da Holanda, nasceu em 1794 e faleceu em 1877.
Foi pároco em Tilburg e, posteriormente, Bispo de Den Bosch e Arcebispo de Ultrecht (Holanda). Buscou atualizar o ensinamento vicentino acentuando a prática da misericórdia.
Inspirado na espiritualidade vicentina mostrou-se profundamente misericordioso e solidário com os Pobres e necessitados. Fundou a Congregação das Irmãs de Caridade de Nossa Senhora, Mãe da Misericórdia e a Congregação dos Fráteres da Nossa Senhora, Mãe da Misericórdia, com a incumbência de praticar a misericórdia, inicialmente de modo especial no campo de ensino, educação e auxílio a idosos.
As duas congregações se expandiram, dedicando-se cada vez mais aos Pobres, doentes, aos portadores de necessidades especiais e de detentos, sendo em todo lugar um testemunho de misericórdia e solidariedade junto aos Pobres e necessitados.

Hélder Câmara

Dom Hélder Câmara nasceu em Fortaleza no dia 7 de fevereiro de 1909 e faleceu em Recife no dia 28 de agosto de 1999.
Foi um
bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife. Foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, grande defensor dos Direitos Humanos durante o regime militar brasileiro e integralista.
Pregava uma igreja simples voltada para os Pobres e a
não-violência. Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi indicado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz. Cearense, Dom Hélder foi Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro e Arcebispo de Olinda e Recife.
Ex-aluno da Congregação da Missão no Seminário Diocesano de Fortaleza, era grande devoto de São Vicente de Paulo. Afiliado à Família Vicente, foi seguramente um dos maiores profetas dos tempos atuais.
A partir da corajosa e evangélica opção pelos Pobres, trabalhou intensamente na defesa dos oprimidos e marginalizados, na defesa dos direitos humanos e na resistência às ditaduras militares. Vivia pobremente e sempre muito próximo dos Pobres e de suas lutas.
Empreendeu diversas iniciativas significativas em favor dos Pobres; no Brasil e no mundo, apesar da censura a ele imposta pelo regime militar, denunciou a injustiça e pregou a construção de um mundo justo, livre e democrático; escreveu diversos livros onde registra sua fé lúcida, suas idéias proféticas e sua rica espiritualidade comprometida com a libertação dos Pobres.
Sua atuação foi decisiva na criação do CELAM e da CNBB. Seu testemunho corajoso, fecundo em obras e ensinamentos, é um estímulo para, hoje, assumirmos o trabalho de serviço aos Pobres.

Fredy Kunz (Pe. Alfredinho)

Vida Edificante: Fredy Kunz (Pe. Alfredinho) nasceu na Suíça, em 1920. Na Segunda Guerra Mundial passou cinco anos num campo de concentração na Áustria, ao lado de prisioneiros soviéticos.

Após a guerra, tornou-se padre do Instituto dos Filhos da Caridade, um dos ramos da Família Vicentina. Trabalhou no Chile e, em 1988, veio para o Brasil.

No Nordeste, vivia em extrema pobreza e exerceu seu apostolado vivendo pobremente e trabalhando com os mais Pobres, como as prostitutas e os flagelados da seca.
Em Santo André (SP), viveu com os moradores de rua e com os Pobres na favela. Escreveu alguns livros, onde registrou seu amor profundo e comprometido com os Pobres. Faleceu no dia 12 de agosto de 2000.

Josimo Morais Tavares

Josimo Morais Tavares nasceu em Marabá (PA), em 1953. Negro e filho de família bem pobre, entrou para o Seminário; recebeu grande parte de sua formação para o sacerdócio em seminários dirigidos pela Congregação da Missão, onde aprendeu a admirar São Vicente de Paulo e cultivar seu amor especial pelos Pobres.
Ordenado padre da Prelazia de Tocantinópolis (TO), dedicou-se especialmente ao trabalho de defesa, organização e evangelização dos trabalhadores sem terra na chamada região do “Bico do Papagaio”.
Seu amor evangélico aos sem-terra e sua coragem profética despertaram a ira dos latifundiários. Após perseguições, calúnias e atentados, foi covardemente assassinado em Imperatriz (PA), no dia 10 de maio de 1986.
Mártir da terra, Pe. Josimo é modelo de corajoso e atual seguimento a Cristo no Pobre, confirmado com a doação da própria vida!