
No dia 30 de junho de 1925, Pedro Jorge começou sentir enxaqueca e inapetência. Ninguém lhe deu a devida atenção porque a sua avó estava a viver os seus últimos dias (com cerca de noventa anos), e aquele rapagão alto e vigoroso, a quem pouco se reparava, pois era bom demais, com as suas “febrezinhas” não deveria ser nada de outro mundo. Afinal, ele era alpinista e parecia esbanjar saúde. Mas, infelizmente, Pedro Jorge Giorgio estava começando a morrer, sentindo o seu jovem corpo destruir-se com a paralisia que avançava progressiva e implacavelmente, sem que ninguém lhe desse atenção. Assim ele, humilde e manso, enfrentou sozinho o sintoma da terrível moléstia, cuja gravidade ele não notou, a ponto de nem ao menos falar com alguém. Quando os pais, apavorados, afinal compreenderam o que lhe estava a acontecer já era tarde. A vacina que veio rapidamente do Instituto Pasteur de Paris já não tinha efeito devido ao avanço da doença. No último dia de sua vida Pedro Jorge pediu à irmã Luciana para buscar na escrivaninha uma caixinha de injeções que não tinha conseguido entregar a um dos seus pobres e quis escrever um bilhete com as instruções e o endereço: “Quis escrevê-lo com as suas próprias mãos já atormentadas pela paralisia e saiu um emaranhado de letras quase incompreensível. É o seu testamento: as últimas energias para a última caridade”. O funeral foi um acorrer de amigos e principalmente de pobres. Seus familiares foram os primeiros a ficar assombrados vendo-o tão querido e tão conhecido. Pela primeira vez compreendiam onde Pedro Jorge viveu verdadeiramente nos seus poucos anos de vida, apesar de ter tido uma casa confortável e rica na qual chegava sempre atrasado. Chamado pelo Papa João Paulo II de “Homem das Bem-aventuranças”, Pedro Jorge Frassati foi por ele beatificado em 1990.
Que este jovem santo dos nossos dias interceda por nós!
Cfr. Gesiel Júnior
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