MISSIONÁRIOS(AS) LEIGOS(AS) VICENTINOS(AS)Os documentos da Igreja afirmam e propõem o insubstituível protagonismo dos leigos e das leigas na evangelização. Com alegria e esperança, vemos surgir um maior despertar e uma significativa participação dos(as) leigos(as) no trabalho de evangelização, dentro do espírito vicentino. O esforço de articulação e ação conjunta da Família Vicentina tem contado com grande participação dos(as) leigos(as).
Nos últimos anos, sobretudo na região de Belo Horizonte, MG, estão acontecendo as Missões Populares (Tendo em vista a disponibilidade de tempo dos leigos e leigas, as Missões Populares são realizadas no mês de janeiro), o Encontro anual de Formação no Caraça e o Curso de Formação Missionária. Estas iniciativas, somadas a outras, vão desencadeando a participação de muitos(as) leigos(as), de várias localidades. A partir daí, estes(as) leigos(as) vão, aos poucos, desenvolvendo uma prática espiritual e pastoral vicentina. Em geral, estes(as) leigos(as) são pessoas engajadas nas comunidades ou obras vicentinas, em localidades onde atuam grupos organizados da Família Vicentina. Alguns(mas) já participam de algum desses grupos, como por exemplo, das Conferências Vicentinas da Sociedade de São Vicente de Paulo.
A maioria não participa de nenhum grupo vicentino organizado. Seu contato com o espírito vicentino e seu despertar para uma participação mais ativa e consciente na missão vicentina se dão pela participação em obras vicentinas e pelo contato com pessoas e atividades da Família Vicentina. Sobretudo a partir das atividades da Família Vicentina na região de Belo Horizonte, MG, grande parte destes(as) leigos(as) tem mantido uma certa regularidade nas atividades e, com isso, vai desenvolvendo uma maior participação, vai assumindo a proposta vicentina e começa a ensaiar, espontaneamente, algumas formas de organização e ação. O seguimento de Jesus Cristo, evangelizador dos Pobres, apresenta enormes desafios para toda pessoa que nele deseja se comprometer. Foi diante destes desafios apresentados pela própria realidade e que partem das experiências missionárias junto os mais pobres que grupos de leigos(as) vêm sentindo a necessidade de se organizarem para melhor desempenhar o serviço para o qual se sentem chamados na Igreja e na sociedade. Os(as) leigos(as) missionários(as) com espiritualidade vicentina vêm se organizando em Núcleos, que já são em número de três em funcionamento:
1. Paróquia Menino Jesus na cidade de Diadema, SP. Núcleo que conta com mais de 10 membros. Já se reúnem regularmente, com uma programação na área de formação missionária e espiritualidade
vicentina. Assumiram como grupo um trabalho de evangelização na Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a mais nova e pobre de Paróquia Menino Jesus. 2. Paróquia do Pai Misericordioso, Bairro Paulo VI, em Belo Horizonte, MG. Nessa paróquia existe um Núcleo composto por 7 pessoas. Reúnem-se regularmente; já elaboraram um calendário de atividades, mas ainda não se definiram por um trabalho comum de evangelização em nível paroquial. Todos os membros participam das missões de férias da Família Vicentina no mês de janeiro. 3. Paróquia Nossa Senhora de Fátima na cidade de Contagem, MG. Possui um Núcleo composto por quase 30 pessoas. Reúnem-se regularmente; possuem planejamento de atividades; participam das atividades missionárias na paróquia e na Arquidiocese; vários de seus membros atuam em 2 comunidades que surgiram após a realização de missões populares em áreas das mais carentes da Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Os Núcleos de Leigos(as) Missionários(as) Vicentinos(as) ainda não possuem estatutos, regimentos ou normas, uma vez que se encontram em gestação. É importante que também neste aspecto os Núcleos se deixem orientar pelo próprio São Vicente de Paulo, que, antes de dotar qualquer de suas fundações com regras, esperava que a experiência já estivesse funcionando por algum tempo. No entanto, já se podem perceber alguns elementos e preocupações que são comuns aos vários Núcleos: a) Os Núcleos são constituídos por pessoas jovens, adultas, solteiras, por casais e viúvas, que já desempenham algum trabalho de evangelização ou de pastoral na comunidade onde residem; b) Não se trata de mais uma pastoral ou movimento entre as dezenas já existentes dentro da Comunidade Eclesial; c) O Núcleo não é para aumentar ainda mais o trabalho de muitos de nossos(as) leigos(as) já sobrecarregados(as); d) O Núcleo tem três preocupações básicas: - Ser um espaço de oração, reflexão e fortalecimento do espírito missionário em nossos(as) leigos(as); - Que os membros do Núcleo orientem seus dons e opções de trabalhos na direção das áreas geográficas e das situações de maior pobreza na cidade, na paróquia ou na comunidade; - Incentivar e favorecer a participação dos membros do Núcleo em missões de curta duração e, quem sabe, no futuro, por um tempo mais prolongado, fora da própria comunidade.Embora ainda não organizados formalmente em Núcleos, diversos(as) leigos(as) em outras localidades têm se despertado e participado deste trabalho de Família Vicentina: - No Colégio São Vicente de Paulo, na cidade do Rio de Janeiro, existe um grupo de professores e funcionários que vem atuando regularmente junto a comunidades carentes de sua cidade e na cidade de Cocos, no Estado da Bahia. Vários membros deste grupo já participaram dos Encontros anuais de Leigos(as) Missionários(as) Vicentinos(as) no Caraça e relataram suas experiências. - Em Novo Oriente e Pavão, MG, foram realizadas as Missões Populares da Família Vicentina em janeiro de 2001. Participou destas Missões um grupo de aproximadamente 60 missionários(as) da Família Vicentina, em sua grande maioria Leigos(as), de Belo Horizonte e Contagem, MG. A partir do testemunho destes Leigos Missionários muitos leigos(as) de Novo Oriente manifestaram interesse em se organizarem e constituírem Núcleos de Leigos(as) Missionários(as). Em vista da concretização de mais este Núcleo estão sendo encaminhados os primeiros passos. - Em Carinhanha e Serra do Ramalho, BA, estão sendo organizadas algumas reuniões com leigos que participaram do Encontro no Caraça e que estão engajados no trabalho missionário local. Espera-se aí formar um grupo de missionários leigos vicentinos. Os(As) leigos(as) estão aí, com seu trabalho generoso e seu notável potencial missionário! De toda a Família Vicentina se esperam apoio e incentivo, sobretudo na formação. Como se pode constatar, alguns grupos já começam a se reunir com regularidade, promovendo sua formação e desenvolvendo algumas atividades próprias. Em espírito de comunhão e participação, alegramo-nos com a participação dos(as) leigos(as) missionários(as), nova e viva expressão da vitalidade dinamizadora do carisma vicentino! (De Paula, Pe. Agnaldo Aparecido, Congregação da Missão, in http://www.fv.org.br/).
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